quinta-feira, 30 de junho de 2011

O mal na mídia

Me parece que a imprensa cristalizou a noção de que o mundo é um lugar de sofrimento e caos. Pois todo noticiário veicula muito mais notícias ruins do que boas. Mas, o noticiário precisa de audiência, como todo programa, eles não podem noticiar o que ninguém quer saber. Daí eu penso que o público não quer saber do bem que existe no mundo.

E não quer porque o bem ele conhece. Já o mal, esse desconhecido, precisamos observar em detalhes, na segurança do lar, para conhecê-lo e, se possível, aprender a evitá-lo. Faz sentido pra mim. Por que uma vítima de estupro, por exemplo, quereria assistir uma notícia sobre estupro na tv? Acho que a vítima mudaria de canal nessa hora. Mas, aqueles e sobretudo aquelas que nunca foram estupradas sentem-se atraídos por esse tipo de informação.

E isso também pode ser notado no nosso dia-a-dia. Meu filho nasceu. É uma ótima notícia. Quantas pessoas se interessaram? Familiares e amigos mais próximos... Se eu levasse um tiro todos os parentes e aderentes, meus colegas de trabalho (presentes e passados), ex-colegas de escola e de faculdade (mesmo de outras turmas), vizinhos, funcionários das padarias, supermercados etc. que eu frequento, enfim, quase todo mundo que sabe da minha existência de alguma forma ficaria sabendo do ocorrido e pediria mais detalhes.
E, dependendo das circunstâncias do crime, minha foto sairia no jornal...

Pra finalizar, o mal, que tanto gostamos de ver, não pode ser tão grande assim. O crescimento da população mundial, o aumento da longevidade, a diminuição do número de guerras etc. mostram que o mundo vem se tornando bem melhor do que já foi.

Claro, ainda há 1 bilhão de famintos. Contra outros 5 bilhões que reclamam de barriga cheia...