terça-feira, 10 de julho de 2012

A imagem do Brasil na internet

Seguindo a recomendação do meu grande amigo Janilton eu pesquisei no google imagens por "brazilian", palavra comum de dois, em inglês.
A imensa maioria das fotos são de mulheres gostosas, de corpo inteiro, seminuas. Boa parte fazendo depilação (brazilian waxing), outras na praia e bastantes fotos de filmes pornô.

Aí procurei por "american", que também é comum de dois. Quase que só aparece aquela bandeira "cheguei", deles. Isso é impressionante numa cultura tão individualista. Eles olham pra si mesmos mais como pátria que como indivíduos...


Bem, porque os americanos acham que a população brasileira é quase inteiramente constituída de mulheres gostosas e putas?

Antes que você responda eu também procurei por "brésilien" e "brésilienne". Ambas as palavras francesas significam brasileiro/ brasileira. E o que se vê é muito democrático: mulher bonita (a grande maioria vestidas ou só o rosto), jogadores da seleção, artistas, esportistas, índios, carnaval, capoeira, Dilma, pinturas, animais silvestres, praia, e um travesti de pau duro... Bom, europeus gostam de "transgênicos", fazer o quê?

É certo que americanos não costumam visitar o Brasil. Eles passam as férias no Havaí. Grande parte deles só ficou sabendo que a gente existe por causa da animação "Rio", do Carlos Saldanha, e pelo "claboca" que o Anderson Silva deu naquele corno do Chael Sonnen. O que eles sabem do Brasil? Só o que querem saber. Que as nossas mulheres são mais gostosas que as deles... E que andam seminuas (essa conversa de 'calor' não cola)...

Já os franceses costumam visitar o Brasil. Trabalham aqui, em certas Ongs. Alguns acabam se mudando pra cá. E há os que gostam mais de travesti que de mulher...

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Só o exemplo arrasta

Não sei quem disse essa frase " A palavra convence, o exemplo arrasta". Mas eu creio piamente. E acho que todos os que criam e/ou repassam e-mails indignados, conscientizados, politizados etc. deveriam prestar atenção nela.

Quem nunca recebeu um e-mail bem intencionado, denunciando algum absurdo, expondo algum erro ou criticando algum gatuno...? Seus autores muitas vezes perguntam "até quando..." ou insistem que precisamos "fazer alguma coisa" e alguns chegam a convocar-nos para mobilizações mesmo, com data, horário, local...

Bom, como disse o nosso misterioso autor "a palavra convence"! Ficamos indignados... concordamos com o que ouvimos... entramos na corrente... E nada muda. Como assim?

É que falta a outra "metade da laranja"... o exemplo arrasta! Cadê o exemplo? O gatuno comeu, provavelmente. Ou melhor, o(a) bem-intencionado denunciante disse uma coisa e fez outra. O exemplo dado (publicamente) não foi o da atitude que ele ou ela espera que seja tomada. Ninguém disse "basta". Ninguém foi processado. Não se parou o trânsito, não se fez nem se aconteceu. Apenas alguém ficou em casa enviando e-mails.

E o exemplo foi seguido: centenas, talvez milhares de pessoas que receberam a mensagem abanaram a cabeça, concordaram com, pelo menos, a maioria das coisas ali escritas... e mandaram e-mails.

É... o exemplo realmente arrasta.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O mal na mídia

Me parece que a imprensa cristalizou a noção de que o mundo é um lugar de sofrimento e caos. Pois todo noticiário veicula muito mais notícias ruins do que boas. Mas, o noticiário precisa de audiência, como todo programa, eles não podem noticiar o que ninguém quer saber. Daí eu penso que o público não quer saber do bem que existe no mundo.

E não quer porque o bem ele conhece. Já o mal, esse desconhecido, precisamos observar em detalhes, na segurança do lar, para conhecê-lo e, se possível, aprender a evitá-lo. Faz sentido pra mim. Por que uma vítima de estupro, por exemplo, quereria assistir uma notícia sobre estupro na tv? Acho que a vítima mudaria de canal nessa hora. Mas, aqueles e sobretudo aquelas que nunca foram estupradas sentem-se atraídos por esse tipo de informação.

E isso também pode ser notado no nosso dia-a-dia. Meu filho nasceu. É uma ótima notícia. Quantas pessoas se interessaram? Familiares e amigos mais próximos... Se eu levasse um tiro todos os parentes e aderentes, meus colegas de trabalho (presentes e passados), ex-colegas de escola e de faculdade (mesmo de outras turmas), vizinhos, funcionários das padarias, supermercados etc. que eu frequento, enfim, quase todo mundo que sabe da minha existência de alguma forma ficaria sabendo do ocorrido e pediria mais detalhes.
E, dependendo das circunstâncias do crime, minha foto sairia no jornal...

Pra finalizar, o mal, que tanto gostamos de ver, não pode ser tão grande assim. O crescimento da população mundial, o aumento da longevidade, a diminuição do número de guerras etc. mostram que o mundo vem se tornando bem melhor do que já foi.

Claro, ainda há 1 bilhão de famintos. Contra outros 5 bilhões que reclamam de barriga cheia...